TED – “tecnologia, entretenimento e design”

06/10/2014 11:53

Novidades da neurociência ao funk carioca serão apresentadas desta segunda-feira (6) até sexta-feira (10) na conferência TED Global, em Copacabana, no Rio. A série de palestras e apresentações de diversas áreas tem a missão de mostrar “ideias que merecem ser espalhadas”, e terá sua primeira edição oficial no Brasil. O nome vem da sigla “tecnologia, entretenimento e design”. Serão 66 nomes entre cientistas, artistas e ativistas de todo o mundo (veja programação abaixo).

Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro que criou o exoesqueleto mostrado na abertura da Copa; Glenn Greenwald, jornalista norte-americano que revelou a espionagem do governo dos EUA; Vincent Moon, diretor francês de vídeos musicais; Melissa Flemming, norte-americana porta-voz da Comissão de Refugiados da ONU; Fabien Cousteau, ambientalista francês neto de Jacques Cousteau; e José Padilha, diretor brasileiro, estão entre os palestrantes. As participações têm no máximo 18 minutos.

Neurocientista realiza projetos com patente livre (Foto: José Luiz Somensi/Divulgação)Neurocientista Miguel Nicolelis vai falar no TED, no
Rio (Foto: José Luiz Somensi/Divulgação)

O TED também vai virar baile funk com a apresentação da Batalha do Passinho, projeto de dançarinos cariocas. Outros números artísticos, selecionados para se intercalar às conversas, vão ser da cantora argentina Juana Molina, da franco-chilena Ana Tijoux e do grupo de cumbia argentino TEDx, que transforma palestras anteriores em canções com o ritmo latino.

O tema do TED Global 2014 é “Sul”, porque esta é uma das raras edições fora do Hemisfério Norte. O foco das conversas não fica só nas ciências exatas e se expande para projetos sociais e ambientais relativos a países em desenvolvimento.

Vídeos na web e telões na cidade
As vagas na plateia são disputadas. O público de mil pessoas, de 69 países diferentes, segundo a organização, passou por uma seleção e pagou taxa de US$ 6 mil (R$ 15 mil). Para o público geral, o TED publica em seu site de graça o vídeo de uma palestra por dia. Aos poucos, as apresentações do Rio serão divulgadas na web. Não há exibição ao vivo na internet – apenas para os assinantes do serviço pago TED Live.

Porém, nesta edição, alguns espaços públicos fora do auditório, como a Biblioteca Parque Estadual, no Centro, a Escola Politécnica da UFRJ e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, vão exibir as palestras durante a semana em telões.

Outras edições independentes, chamadas TEDx, já aconteceram no Brasil. Mas esta é a primeira conferência oficial no país. O evento surgiu nos EUA em 1984 e tem vários eventos por ano pelo mundo. Bill Gates, Al Gore, Bono e Bill Clinton já fizeram suas “TED Talks”.

Joe Landolina, 21 anos, inventor 'adotado' pelo TED (Foto: Divulgação)Joe Landolina, 21 anos, inventor do gel instantâneo
anti-hemorrágico estará no TED (Foto: Divulgação)

Primeiro dia: jovens criadores
A segunda-feira (6) será toda dedicada aos TED Fellows, grupo de 20 jovens com ideias promissoras adotadas pela fundação que produz as conferências. O G1 conversou com dois dos jovens que vão mostrar suas invenções e projetos em Copacabana.

Aos 21 anos, o norte-americano Joe Landolina desenvolve um gel que interrompe sangramentos quase instantaneamente. O chamado “Veti-gel” já é liberado nos EUA para uso veterinário. O gel tem substâncias que imitam o material produzido pelo organismo para estancar feridas e se mistura ao tecido da pele. Testes feitos com tecido animal impressionaram acadêmicos e jornalistas dos EUA. Clique para assistir ao vídeo.

Vídeo mostra gel anti-hemorrágico instantâneo em tecido animal; inovação estará no TED Global no Rio (Foto: Reprodução / YouTube)Teste em tecido animal de gel anti-hemorrágico;
criador estará no TED (Foto:Reprodução / YouTube)

O próximo passo é liberar o uso em humanos. “Vamos submeter a aprovação até o meio do ano que vem”, diz Joe. A meta a longo prazo é ousada. “Em dez anos, espero não apenas prover uma solução instantânea para todos os tipos de sangramentos, mas também um produto que trata feridas sem deixar cicatrizes”, conta Joe. “Estou animado para apresentar essa tecnologia no Rio e encontrar aí pessoas para colaborar comigo”.

Um dos brasileiros entre os TED Fellows, o artista Thiago Mundano é criador do Pimp My Carroça. Ele faz ilustrações em carroças de catadores de produtos reciclados nas ruas. O desejo é que a cidade “enxergue” os catadores. “A invisibilidade dos catadores não é exclusiva do Brasil, mas do mundo inteiro. São mais de 20 milhões prestando um serviço importante ao meio ambiente sem terem reconhecimentos, e acredito que o TED é uma boa ferramenta pra espalhar essa ideia”, diz, antes da palestra.

TED Global 2014

De segunda-feira (6) a sexta-feira (10) no Copacabana Palace, no Rio

Segunda-feira
12h a 16h15

Apresentação da equipe de 20 TED Fellows, jovens com projetos promissores adotados pela fundação

Terça-feira
9h às 18h45
Sessão 1 – Histórias

Marie Arana – Biógrafa e crítica literária peruana
Jose Miguel Sokoloff – Publicitário colombiano
Andrés Ruzo – Geólogo peruano
Danay Suárez – Cantora e compositora cubana
Takasha Yawanawá – Chefe do grupo indígena Yawanawá, no Acre

Sessão 2 – Recomeço digital
Zeynep Tufekci – Socióloga turca
Pia Mancini – Cientista política e ativista argentina
Alessandra Orofino – Economista brasileira
Gustavo Ollitta – Artista circense brasileiro
Glenn Greenwald – Advogado e jornalista norte-americano
Andy Yen – Administrador de sistemas norte-americano

Sessão 3 – Cruzando fronteiras
José Padilha – Cineasta brasileiro
Ethan Nadelmann – Ativista norte-americano
Dilip Ratha – Economista indiano
Taiye  Selasi – Escritora e fotógrafa londrina
Grupo TEDx – Banda argentina de cumbia

Quarta-feira
9h às 18h45

Sessão 4 – Trabalho de campo
Oren Yakobovich – Ativista israelense
Severine Autesserre – Cientista política na Columbia University, nos EUA
Doreen Khoury – Ativista libanesa
Charmian  Gooch – Ativista anti-corrupção britânica
Circle of Sound – Duo de world music europeu
Ameenah Gurib-Fakim – Bióloga das Ilhas Maurício

Sessão 5 – Tela urbana
Robert Muggah – Cientista social canadense
Su Yunsheng – Urbanista chinês
Haas&Hahn – Artistas holandeses
Batalha do Passinho – Grupo de dança brasileiro
Grimanesa Amorós – Artista peruana

Sessão 6 – Tecnologia que dá poder
Rodrigo Baggio –  Ativista da inclusão digital brasileiro
Bruno Torturra – Jornalista brasileiro
Steve Song – Empreendedor norte-americano
Syed Karim – Fundador da empresa americana Outernet
Ana Tijoux – Cantora franco-chilena
Miguel Nicolelis – Neurocientista brasileiro
Sessão 7 – Projetos
Tasso Azevedo – Engenheiro florestal brasileiro
Ilona Szabó de Carvalho – Especialista em segurança brasileira
Melissa Fleming – Executiva norte-americana
Michael Green – Economista e escritor britânico
Casuarina – Banda carioca

Quinta-feira
9h às 18h45
Sessão 8 – Lentes

Wendy Freedman – Astrônoma canadense
Jorge Soto – Engenheiro mexicano
Vincent Moon – Diretor francês
Naná Vasconcelos – Músico brasileiro
Elizabeth Pisani – Epidemiologista e jornalista norte-americana
Jimmy Nelson – Fotógrafo britânico
Sessão 9 – Necessidades básicas
Sipho Moyo – Ativista africana
Teresa Corção – Chef brasileira
Isabel Hoffmann – Empresária portuguesa
Juliana D’Agostini – Pianista brasileira
Joe Madiath – Empreendedor social indiano
Navi Radjou – Administrador indiano

Sessão 10 – Ação lateral
Khalida Brohi – Ativista feminista paquistanesa
Vik Muniz – Artista plástico brasileiro
Alejandro Aravena – Arquiteto e urbanista chileno
Misha Glenny – Jornalista britânico
Ricardo Semler – Empresário brasileiro
Juana Molina – Cantora e atriz argentina

Sexta-feira
9h às 13h
Sessão 11 – Espaços poderosos
Fabien Cousteau – Ambientalista francês
Mark Plotkin – Especialista em etnobotânica norte-americano
Robert Swan – Ambientalista britânico
Matthieu Ricard – Monge budista francês
Aakash Odedra – Coreógrafo britânico

Sessão 12 – Lutadores
Kimberley Motley – Advogada norte-americana
Omoyele Sowore – Editor nigeriano
Fred Swaniker – Educador ganês
Ruslana – Cantora ucraniana

http://g1.globo.com/tecnologia/ted-global/2014/noticia/2014/10/ted-estreia-no-brasil-com-ideias-inovadoras-da-neurociencia-ao-funk.html

Programa Ebserh de Pesquisas Clínicas Estratégicas para o SUS (Epecsus)

15/09/2014 22:15
InovaçãoQuarta, 13 de Agosto de 2014 às 18:44

Novo programa vai estimular pesquisas clínicas para o SUS

epecsus 14082014Fomentar pesquisas clínicas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais universitários federais é o objetivo do Programa Ebserh de Pesquisas Clínicas Estratégicas para o SUS (Epecsus), lançado nesta quarta-feira, 12, em Brasília. Resultado de uma parceria entre sete entidades públicas, o programa tem a missão de produzir conhecimento em prol do sistema de saúde brasileiro.

De iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, o programa também pretende contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico na área de saúde. Responsável pela gestão de 23 hospitais de universidades federais, a empresa iniciará o programa por essas unidades.

Para a responsável pela condução do Epecsus, Cláudia Cunha, o trabalho colaborativo dos órgãos envolvidos qualificará a coordenação e gestão das pesquisas clínicas nos hospitais universitários. “Definiremos fluxos, responsáveis e procedimentos para aprovação, monitoramento e execução orçamentária dos projetos”, explicou. “Essa harmonização assegurará a efetividade e a transparência dos estudos, aprimorando o processo e a forma de relacionamento com patrocinadores públicos e privados.”

Presente no lançamento, o ministro da Educação, Henrique Paim, destacou a importância de organizar as pesquisas clínicas existentes nas universidades. “Formaremos o comitê gestor do programa para organizar as pesquisas já existentes e ampliar o número de estudos nos hospitais públicos”, afirmou. O presidente da Ebserh, José Rubens Rebelatto, ressaltou a participação dos hospitais universitários na produção de pesquisas clínicas. “Dos 971 projetos de pesquisa clínica aprovados de 2010 a 2012, 65% são provenientes de hospitais universitários federais”, concluiu.

Também estiveram presentes no lançamento do programa os ministros da Saúde, Arthur Chioro, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz; o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, e o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães.

Pesquisas – Estudos realizados em seres humanos, com o objetivo de avaliar a eficácia e a segurança de insumos para a saúde, subsidiam o registro sanitário de medicamentos, vacinas, kits diagnósticos e equipamentos. Na perspectiva da saúde, o registro sanitário subsidia a incorporação e aquisição desses insumos pelo SUS. Na perspectiva da Ciência, Tecnologia e Inovação, essas pesquisas integram o processo de desenvolvimento tecnológico de produtos passíveis de ingressar no mercado com competitividade, promovendo a inovação tecnológica.

Assessoria de Comunicação Social da Ebserh

Palavras-chave: medicina, SUS, Epecsus, Ebserh

Medicina – Instituição mineira oferece curso com base ético-humanista

15/09/2014 22:11

Aprender a ouvir e a perguntar. Esse é o eixo ético-humanista do novo curso de medicina da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), construído com base na política nacional de expansão das escolas médicas das instituições federais de educação superior, instituída pelo Ministério da Educação em julho de 2013. A primeira turma, com 60 estudantes, começou o curso em março deste ano, no campus-sede da Unifal, em Alfenas, Minas Gerais.

Um médico generalista, com boa formação em saúde da família, gestor de educação em saúde coletiva e social, é o perfil do profissional que a universidade pretende formar e entregar à comunidade, segundo Evelise Aline Soares, coordenadora do curso na instituição. A tônica, de acordo com Evelise, é prevenir a doença. Essa mudança vai na contramão da prática tradicional da formação de médicos, que é tratar a doença.

Para iniciar o aluno nessa formação, o currículo da Unifal criou um bloco de comunicação que inclui disciplinas, do primeiro ao sexto período, com prática externa, em unidades do programa Saúde da Família. Evelise salienta que as matérias seguem uma sequência na qual o futuro médico aprende a ouvir o paciente e a fazer as perguntas que o ajudarão a traçar um bom diagnóstico. Ao proceder dessa forma, o profissional vai pedir exames apenas como complemento, não ficará dependente deles para definir o tratamento.

Com alunos na faixa etária de idade de 17 a 36 anos, a primeira turma de medicina da Unifal é diversificada não só na idade, mas também na procedência e na trajetória pessoal. Dos 60 matriculados, 25 estudaram em escolas públicas, alguns têm graduação em enfermagem, pedagogia, geografia e engenharia e há também concluintes do ensino médio em escolas particulares. A maioria, segundo a coordenadora, é de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. Há um goiano e um mato-grossense.

Transferências — A distância entre a residência familiar do aluno e a instituição de ensino motivou o pedido de transferência de 26 estudantes da turma ao fim do primeiro semestre letivo. Evelise explica que a prioridade do aluno é estudar na faculdade mais próxima possível da casa dos pais. Como a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), usada por instituições públicas de educação superior para a seleção, é válida por um ano, alunos da turma da Unifal participaram da segunda edição deste ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), conseguiram vagas e se transferiram para as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Ouro Preto (Ufop) e Juiz de Fora (UFJF). Do grupo inicial, apenas um aluno desistiu do curso. As aulas do segundo semestre tiveram início no dia 21 último.

Sem hospital-escola, a Unifal firmou uma série de convênios com hospitais para a prática e estágio dos estudantes. Em Alfenas, com a Santa Casa; em Varginha, com os hospitais Bom Pastor e Regional. O curso de medicina da Unifal foi autorizado pelo Ministério da Educação em 11 de dezembro de 2013, pela Portaria nº 654 da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). É um bacharelado presencial, em turno integral, com 12 semestres de duração. O Sisu é a forma de ingresso, uma vez por ano, com oferta de 60 vagas.

Expansão — Em 2013, o MEC autorizou a abertura de 19 cursos de medicina, em 16 universidades federais, como parte do plano de expansão do ensino médico, num total de 1.080 vagas, conforme dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu). A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com sede em Chapecó (SC), foi autorizada a abrir um curso, no campus de Passo Fundo (RS), com 40 vagas, no segundo semestre do mesmo ano. As outras 15 universidades foram autorizadas a abrir cursos ao longo deste ano, conforme as tabelas:

Ionice Lorenzoni

Palavras-chave: educação superior, medicina, expansão

Métodos alternativos para pesquisa com animais

05/06/2014 18:13

http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/1905835

23 mai 2014 10:17:00 -0300

Concea aprova resolução sobre reconhecimento de métodos alternativos

O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) aprovou em sua 24ª Reunião Ordinária, na quarta (21) e nesta quinta-feira (22), a resolução normativa que define o processo de reconhecimento de métodos alternativos validados para substituição progressiva e segura de ensaios toxicológicos.Segundo o coordenador do Concea, José Mauro Granjeiro, a resolução permite, de forma efetiva, que o país adote métodos alternativos, independentemente do tipo de produto ou composto – ou seja, a mudança abrange agrotóxicos, cosméticos e medicamentos, por exemplo. A intenção é reduzir, substituir e refinar o uso de animais em atividades de pesquisa.

Em março, a instância acatou recomendação de câmara temporária interna para o reconhecimento de práticas validadas por entidades como o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam) ou por estudos colaborativos internacionais publicados em compêndios oficiais.

Já nesta semana, o Concea recebeu, do Bracvam, a primeira recomendação de métodos alternativos validados e internacionalmente aceitos. Ontem, o conselho deliberou que a câmara permanente temática analise a proposta e convide para discussão representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente (MMA). A carta do centro sugere o reconhecimento de 17 técnicas, que envolvem sensibilização cutânea, potencial de irritação e corrosão ocular, fototoxicidade e genotoxicidade, dentre outros testes.

A expectativa do Concea é aprovar, em curto prazo, um conjunto de práticas validadas e aceitas internacionalmente. Na visão de Granjeiro, é fundamental ao país destinar recursos para o desenvolvimento de novos métodos que aumentem a capacidade preditiva dos ensaios toxicológicos, a fim de proteger o meio ambiente e diminuir o risco para a saúde de seres humanos e animais.

Com a decisão de março, a partir do reconhecimento pelo Concea do método alternativo validado, as instituições têm prazo de cinco anos para substituição obrigatória da técnica original. Para calcular o período, a instância projetou o tempo necessário para a adequação de infraestrutura laboratorial e a capacitação de recursos humanos demandadas pelos ensaios substitutivos.

Fiscalização – O Concea estabeleceu, no início de maio, um novo processo de credenciamento de instituições que produzem, mantém e utilizam animais em atividades didáticas ou científicas. Nesta quarta (21), o conselho discutiu e aprovou proposta de portaria interministerial que institui o Regulamento de Fiscalização do Uso de Animais para Atividades de Ensino ou Pesquisa.

A proposta de texto ainda recebe contribuições de áreas técnicas dos órgãos fiscalizadores estabelecidos pela Lei 11.794/2008. A lista inclui Mapa, MMA e os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – pasta à qual o Concea é vinculado –, da Educação (MEC) e da Saúde (MS). Esse grupo deve determinar estratégias de atuação para monitorar as instituições de pesquisa.

Texto: Ascom do MCTI

testes alternativos para pesquisas com animais

18/05/2014 20:55

A bolsista do programa Ciência sem Fronteiras, Vanessa de Moura Sá Rocha, acaba de concluir seus estudos de pós-doutorado na conceituada universidade americana Johns Hopkins, em Baltimore. Vanessa realizou pesquisa inovadora sobre uma estratégia integrada de testes alternativos ao uso de animais para avaliação de risco em cosméticos.

O objetivo do estudo é substituir o uso de animais em testes alergênicos de produtos químicos, desenvolvendo uma pesquisa sobre novas estratégias de integrar diferentes resultados de modelos in vitro para avaliação de risco de novos ingredientes.

A pesquisadora ressalta que testes em animais é um assunto de interesse social e os testes alternativos representam uma grande oportunidade de mudança de paradigma. “A parceria entre a Natura e o CNPq, permitiu que eu me aprofundasse ainda mais neste tema de tamanha relevância para as empresas cosméticas e alta complexidade técnico-científica”.

Para Vanessa estudar no Johns Hopkins, instituição número um em saúde pública no mundo, foi de grande importância para sua carreira: “Sou uma pesquisadora mais preparada e qualificada depois desta vivência, e expandi minha visão de mundo. Meu desejo é contribuir de forma ainda mais relevante para a evolução das pesquisas neste tema no Brasil”. “Um pesquisador que tem a oportunidade de viver a ciência em países onde a mesma é pujante como os EUA, Alemanha e outros, terá sua vida mudada para sempre e com certeza poderá contribuir muito mais para sociedade brasileira”, completa Vanessa.

Atualmente, Vanessa é cientista da área de Segurança de Produtos e desenvolve novos projetos em parceria com Universidades, Institutos de pesquisa ou empresas Nacionais ou Internacionais na busca de novas tecnologias na área de métodos alternativos ao uso de animais para avaliação de segurança.

Vanessa possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia, mestrado em Patologia Experimental e Comparada pela Universidade de São Paulo e doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Foi sócia fundadora da empresa Ciallyx Laboratórios e Consultoria, onde coordenou e implementou por três anos diferentes estudos pré-clínicos de eficácia e segurança para o desenvolvimento de novos medicamentos. Em 2007 iniciou seu trabalho na empresa Natura Inovação, parceira do programa Ciência sem Fronteiras, onde coordenou por dois anos o laboratório de estudos in vitroda empresa.

Coordenação de Comunicação Social

http://cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/1892483